O câncer de rim é o terceiro câncer mais comum do trato gênito-urinário. Ele ocorre na proporção de 3 homens para 1 mulher, entre os 50 e 70 anos. Entre as principais causas temos o tabagismo e fatores genéticos. Síndromes genéticas como a Doença de Von-Hippel-Lindau e Esclerose Tuberosa favorecem o aparecimento de múltiplos tumores nos rins.
Aproximadamente 60 a 70% dos pacientes com tumores renais não apresentam sintomas ao diagnóstico. Esses pacientes descobrem a doença quando procuram um médico por outros problemas, como uma dor de estômago por exemplo. O médico solicita uma ultrassonografia do abdome que faz o diagnóstico do nódulo renal. Nódulos renais têm até 80% de chance de serem malignos. Felizmente, a maior parte dos pacientes tem o diagnóstico de tumor no estágio inicial, ou seja, quando ele tem até 7 cm e não se disseminou.
Nos casos de tumores iniciais, pode-se realizar a retirada apenas do tumor através da cirurgia convencional, da laparoscopia ou mesmo com a cirurgia robótica. Este deve ser o procedimento nesses pacientes com tumores de até 7 cm, já que está demonstrado que a cura do câncer é possível, além de preservar a função renal. Nos tumores maiores do que 7 cm, a cirurgia deve ser a nefrectomia radical, ou seja, a retirada de todo o rim com o tumor e gordura ao redor. Pode ser feita por via convencional, laparoscópica ou robótica.
Quimioterapia e radioterapia não têm função no tratamento do tumor renal, entretanto, este tumor responde muito bem a imunoterapia e terapia com drogas-alvo. A imunoterapia é um tratamento um pouco mais antigo, mas cujos resultados podem ser animadores em pacientes com doença metastática. Entretanto, o tratamento atual é com as chamadas drogas-alvo. São medicações por via oral, na maioria dos casos, que vão agir no ciclo de disseminação e reprodução das células tumorais.