Responsável Técnico: Dr. Luiz Carlos Pedroso - CRM 4771 - RQE 3088

Hiperatividade Detrussora (Botox)

É a contração involuntária do músculo da bexiga, durante seu enchimento com urina.
Quando não tem causa definida, chama-se bexiga hiperativa idiopática. Quando é resultado de doença neurológica, como Derrame, Alzheimer, Parkinson e traumatismo raquimedular, é dita neurogência.
Quais são os sintomas?
Principalmente urgência miccional que é a necessidade súbita de ir ao banheiro e por vezes acompanhada de dor.
Outro sintoma é freqüência aumentada, onde pode-se chegar a mais de 8 micções ao banheiro durante o dia. A incontinência de urgência é a necessidade súbita de ir ao banheiro seguida de perda de urina. Ir muitas vezes à noite ao toalete é outro sintoma (2 ou mais vezes).
Qual é a causa da Bexiga Hiperativa?
Existem várias teorias:
a) Hipersenbilidade de neurotransmissores, com resposta exacerbada do músculo da bexiga(detrusor).
b) Aumento das fibras sensitivas da bexiga.
c) Ativação de reflexos latentes que estão normalmente adormecidos e que por algum fator, começam a funcionar.
d) Diminuição do controle inibitório do sistema nervoso central.
e) No homem pode ocorrer devido o aumento da próstata, radioterapia ou braquiterapia da próstata.
f) Em jovens, é necessário excluir doenças neurológicas como esclerose múltipla.
g) Em idosos as causas mais frequentes são: Derrame (AVC), Doença de Alzheimer, Parkinson, Hiperplasia Benígna da Próstata.
h) Ocorre em paciente com traumatismo raquimedular e do crânio.
Quais os principais problemas que a bexiga hiperativa causa?
A bexiga hiperativa tem impacto social muito importante, com comprometimento físico, social e psicológico. A qualidade de vida é extremamente afetada e por isso é importante o tratamento precoce.
Pacientes que urinam a todo momento devido à dor na barriga podem ser consideradas protadoras de bexiga hiperativa?
A bexiga hiperativa não deve ser confundida com cistite intersticial, que é uma condição irritativa crônica da bexiga e de difícil tratamento.
Como é feito o diagnóstico?
Através da história clínica, onde a paciente refere seus sintomas e pela avaliação Urodinâmica
Como é feito o tratamento de portadoras de bexiga hiperativa?
Através de modificação comportamental com micções programadas e de horário (a cada 2 horas) e o controle da ingestão de líquidos e da urgência.
Evitar bebidas como café, chás, refrigerantes, achocolatados, produtos com aspartame sucos cítricos e álcool. Evite alimentos à noite que retêm líquido como melancia e melão. Parar de tomar líquidos 3 horas antes de dormir. Prefira alimentos com alto teor de fibra. O intestino ressecado pode interferir na capacidade de conter urina, pois fezes acumuladas pressionam a bexiga.
O tratamento principal é medicamentoso. Quando não há resultado com a medicação, que pode ocorre em até 30% das pacientes, indica-se fisioterapia que reabilita o assoalho pélvico com auxílio de um aparelho que se chama biofeedback. Também se emprega a eletroestimulação que pode ser endocavitária (pela vagina) ou através da estimulação do nervo tibial posterior (atrás do calcanhar). Depois disso, caso haja persistência dos sintomas, uma terapia promissora é a injeção de toxina bolutínica (Botox), na bexiga. Por último, quando nada funciona, pode-se implantar um marcapaso da bexiga que é a neuroestimulação.